A crise não é novidade. Nem as soluções para sairmos dela.

(Last Updated On: 1 de março de 2016)

“Apesar do caos econômico que ronda o país, a área de seminários, congressos, convenções, cursos, palestras e feiras tende a crescer em volume expressivo nos próximos anos”. Não, você não leu uma frase de algum jornal de hoje falando sobre os nossos desafios atuais. A sentença acima foi publicada em uma edição de 1991 do jornal Meio e Mensagem, em um texto escrito por Vera Campos.

Na matéria, a jornalista comenta sobre como os eventos são ótimas soluções para marcas em tempos de crise em que a verba de comunicação tem os cintos apertados e muitas incertezas rondam os profissionais de marketing na hora da formação do budget. Auli De Vitto, diretor da Forma Promocional (empresa que produz os guias e portal Free Shop, além das feiras Brazil Promotion), é um dos entrevistados na edição de 24 anos atrás do jornal e cita o seguinte: “Os eventos caracterizam uma atividade que, uma vez adotada, sempre estará presente no calendário das empresas”. Com isso, De Vitto demonstra uma máxima que é o mantra de milhares de profissionais de marketing nos dias de hoje: a experiência é atemporal e extremamente necessária na relação marca/consumidor. A experiência que sua marca promove hoje ao seu consumidor não possui valor tangível e o residual dura muito mais que o tempo de uma campanha tradicional. A entrega de um brinde inusitado e que tenha coerência com o que sua marca deseja passar, o convite para um evento que surpreenda e encante, ou mesmo uma ação de merchandising no ponto de venda diferenciada são trunfos que precisam ser usados em tempos onde a maior certeza para o dia seguinte é que haverá uma nova incerteza com sua empresa ou com seus clientes.

George Norman, presidente da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) no ano da matéria do Meio e Mensagem dizia que “As feiras são um valioso instrumento de marketing, pois são o encontro da oferta e da procura em território neutro, com a possibilidade de se comparar a qualidade e preços dos produtos expostos por diversos concorrentes”. Essa definição cabe perfeitamente para definir qualquer feira em 2015, com o incremento das infinitas possibilidades tecnológicas que temos hoje e que podem potencializar a experiência do consumidor no stand que ele visitar e que podem ser o grande diferencial entre fechar ou não um negócio, que, dependendo da saúde financeira da empresa, pode representar a diferença entre manter-se aberta ou ser obrigada a fechar as portas.

O mais interessante de ler um texto de tantos anos atrás é perceber que o Brasil oferece às vezes grandes desafios à nossa economia, mas que esses desafios têm condição de serem superados e podem deixar oportunidades para quem souber tirar proveito da contenção forçada de investimentos como a que estamos passando.

O segredo não é cortar investimentos, e sim segmentá-los para ações que podem ser potencializadas no nosso target. E não é hora de desespero, é hora de repensar processos e deixar tudo mais dinâmico para que o cliente tenha uma experiência completa e inesquecível.

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