Texto escrito por Ronald Peach Jr, engenheiro eletrônico formado pela Fundação Armando Alvares Penteado, sócio-diretor da Droid Outform e Droidigital Midia, ex-presidente do POPAI Brasil e membro do conselho da entidade.
A Brazil Promotion 2011 impressionou, não apenas pelo seu tamanho mas pela diversidade. Em único espaço, foi demonstrado a força do mercado promocional e as tendências do setor.
Os últimos anos tem sido recheados de surpresas desagradáveis para a economia, por conta das crises internacionais que ainda estão à nossa porta e o consequente freio em investimentos. O Brasil vive um viés positivo neste sentido, com economia prosperando.
O mercado promocional precisa aproveitar esta oportunidade e reativar sua participação de forma mais pujante no bolo do marketing. Não seria mentira dizer que tínhamos muito mais liberdade promocional nos anos 90 do que agora. Para nosso mercado, a nota fraca vem do varejo, que tem restringido excessivamente as ações promocionais, cobrando por seus espaços valores demasiadamente caros.
Há também situações burocráticas e ainda vigentes, como a necessidade de aprovar promoções comerciais através de uma instituição bancária, de conhecimento dos leitores, que não é um órgão competente e tampouco isento. Nos moldes do Conar, o mercado teria total maturidade para aprovar promoções através das associações como Ampro ou POPAI.
O mercado ainda trabalha com base em uma lei criada em 1971, antiga e defasada, que não admite o uso da eletrônica ou computadores. Parece lógico, na medida em que estes nem existiam. Ainda estamos na era da urna e das promoções ligadas à loterias, um total disparate para um setor tão moderno e antenado.
Tivemos a oportunidade de ver tecnologias impressionantes, interativas, aonde o consumidor entra no mundo das marcas, vivenciando experiências lúdicas e únicas.
Se tivéssemos leis simples e efetivas que libertassem o mercado promocional para fazer suas ações, teríamos o estímulo ao consumo e uma economia ainda mais fortalecida e gerando empregos.
Se o varejo colaborar, entendendo que consumidor estimulado compra mais, o ciclo de prosperidade pode ser rapidamente retomado para termos, nesta década, um horizonte tão bom quanto o que já tivemos.
Foi, realmente, o evento de tecnologia! Mas me pergunto se faz sentido um evento deste porte, que reúne pessoas, produtos e serviços que inundam o mercado, diariamente, perder o foco na Sustentabilidade. Nenhuma menção, nenhuma referência, nenhuma ação de conscientização, péssima gestão do lixo… A meu ver, como profissional de anos de experiência e expositora, foi o grande pecado da BP deste ano.Um retrocesso!
Olá Silvia,
A temática da feira – Redes Sociais – realmente foi tecnológica, mas o tema varia todos os anos (já tivemos de Brasil a Egito – e o intuito é criar um envolvimento emocional com os participantes). O tema rede sociais foi abordado este ano porque foi solicitado em pesquisa realizada com os visitantes de 2010.
Quanto aos produtos e serviços expostos os destaques foram justamente tecnologia e sustentabilidade. A feira apresentou muitos produtos socialmente e ecologicamente corretos. Talvez a tecnologia cause maior impacto e por isso foi mais percebida por todos.
A gestão do lixo é feita pela empresa oficial (e exclusiva) do Transamérica, que já faz uma coleta seletiva (embora não exposta para o público acompanhar – é feito nos bastidores).
No âmbito social da sustentabilidade, a Brazil Promotion concede stands para várias ongs, no sentido de ajudá-las a arrecadar fundos para seus projetos.
Talvez temos de dar mais destaque às diversas ações realizadas, para que as pessoas notem mais facilmente.
Se tiver alguma sugestão neste sentido, pode nos enviar! Será muito bem-vinda!
Obrigada pela participação em nosso blog.
Abraços 🙂