O fim das “linhas de montagem”

(Last Updated On: 10 de abril de 2023)

Texto escrito por Francisco Madia, diretor da Madia Mundo Marketing e da Madia Marketing School.

 

De verdade, bem no início, e no tempo do legendário HENRY FORD, as LINHAS, mais que de MONTAGEM, eram de PRODUÇÃO. Entrava matéria prima pela porta dos fundos, e saia o FORDINHO PRETO pela porta da frente. Depois, vieram as LINHAS DE MONTAGEM, com a terceirização da fabricação dos componentes. E, em paralelo, nascendo os escritórios das fábricas, os prédios corporativos, todos eles inspirados e seguindo a cultura da linha de montagem. Pessoas certas, no lugar físico certo, próximo dos departamentos vizinhos e afins, e junto da mesma tribo da administração, marketing, recursos humanos, produção, tecnologia. A cultura industrial definiu a organização dos serviços dentro das empresas. Esse tempo se foi. As “LINHAS DE MONTAGEM” não moram mais aqui.

Antes mesmo da virada do milênio empresas pioneiras começaram a se organizar com plataformas de trabalho, com horários flexíveis, com trabalho e distância pegando carona nas conquistas da tecnologia, e dando início ao esboço das organizações na SOCIEDADE DE SERVIÇOS, de um MUNDO NOVO, PLANO, LÍQUIDO e COLABORATIVO. E agora, e cada vez mais, empresas derrubam muros, divisórias, reduzem ou eliminam mesas, privilegiam plataformas coletivas e comuns de serviços, democratizam e valorizam o espaço corporativo.

Aqui no MADIAMUNDOMARKETING, onde já tínhamos um layout razoavelmente atualizado acabamos de mandar tudo para os ares, reduzimos o tamanho das superfícies de trabalho, aproximamos as pessoas, flexibilizamos horários, e assumimos e incorporamos, pra valer, o CO-WORKER em nossa forma de ser e prestar serviços. Dentro de nosso escritório possuímos hoje 3 plataformas de trabalho para nossos consultores associados e uma plataforma exclusiva para nossos consultores parceiros – CO-WORKERS – permanentemente à disposição deles, que sempre a utilizam quando é fundamental a proximidade física em benefício da qualidade dos trabalhos.

Em recente matéria do WALL STREET JOURNAL publicado por VALOR, exemplos de grandes empresas de prestação de serviços que estão eliminando os espaços fixos, e adotando o CO-WORKER e MEGAS PLATAFORMAS de trabalho: “empresas como o gigante dos serviços financeiros AMERICAN EXPRESS, a fabricante de remédios GLAXOSMITHKLINE PLC e a PRICEWATERHOUSE-COOPERS estão movendo grupos grandes de empregados para espaços compartilhados”.

Dos exemplos dessa matéria, seguramente o mais emblemático de todos é o da AMERICAN EXPRESS, em NOVA YORK, onde trabalham 5000 colaboradores: “A empresa está reconfigurando os andares do seu edifício de 51 andares para transferir mais funcionários para espaços não designados, e já começou essa mesma transição nos escritórios de LONDRES e CINGAPURA”. E dentre os depoimentos dos COWORKERS, o de ROBERT NASH, diretor da GLAXO, “Chego ao trabalho com meu laptop, equipado com telefone e internet, pego lugar numa mesa de trabalho de preferência próxima de uma janela, e coloco minha bolsa em baixo da mesa. Guardo todos os meus documentos nas nuvens e agora meus arquivos de papel ocupam uma única gaveta… É um escritório instantâneo. Tudo o que preciso está lá ou na minha bolsa ou no laptop…”.

Se essas mega empresas estão ingressando com o pé direto, esquerdo, corpo e alma, no ADMIRÁVEL MUNDO NOVO que é a SOCIEDADE DE SERVIÇOS, o que você está esperando para fazer o mesmo?

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