* Texto escrito por Milena Parente da Eldevik Comunicação
Novo acordo permite que médicos recebam brindes que não ultrapassem um terço do salário mínimo vigente
Indústria farmacêutica e o Conselho Federal de Medicina assinaram um acordo que estabelece novas regras na relação entre médicos e laboratórios farmacêuticos. Agora, médicos poderão receber brindes que não ultrapassem mais que um terço do salário mínimo, o que hoje corresponde a R$207,00.
Odilon Machado
Para o Vice-presidente de Desenvolvimento Setor Promocional da AMPRO e sócio-diretor da Átomo Comunicação, Odilon Machado, as oportunidades podem ser inúmeras, principalmente para empresas que olharem pelo lado criativo e buscar o ineditismo. “Desenvolver peças que sigam oportunidades de utilização conforme nova regra poderia ser uma oportunidade, pois os grandes laboratórios, sabidamente, vão olhar com grande interesse”.
Com base no acordo, os brindes oferecidos pelas indústrias farmacêuticas aos profissionais médicos deverão estar de acordo com os padrões definidos pela legislação sanitária em vigor, além de cumprir requisitos como:
“- sejam objetos relacionados à prática médica estritamente considerada, tais como: publicações, exemplares avulsos de revistas científicas (excluídas as assinaturas periódicas), modelos anatômicos, etc.;
– sejam objetos de valor meramente simbólico, assim entendidos os objetos cujo valor individual não ultrapasse 1/3 (um terço) do salário mínimo nacional vigente na data de sua aquisição; e
– sejam limitadas a 3 (três) ocorrências por ano para cada profissional médico”.
No acordo, fica claro que, em nenhuma hipótese, as indústrias farmacêuticas poderão oferecer presentes, vantagens ou quaisquer outros bens que não atendam aos padrões acima definidos. Para Machado, existe uma flexibilidade e, principalmente, um olhar de manutenção de novidades e conteúdo de inovação. “Esta deliberação permite, no limite da criatividade, que a classe médica receba novidades e lançamento da Indústria Farma e se mantenha alinhada com os grandes lançamentos mundiais”.
Para o VP, as empresas devem explorar caminhos lúdicos que garantam boa eficácia na retenção da comunicação ao criar peças relacionadas aos temas de utilização. “Pode-se mandar um simples cachorrinho de pelúcia, delicado e bem acabado, levando um Jornal com News de um novo produto e suas soluções medicamentosas”, exemplifica. Odilon afirma ainda que o bom acabamento e o refinamento do brinde poderão fazer com que ele chegue a entes queridos, como cônjuge e/ou filhos do profissional de saúde, retendo a atenção e carinho para a marca. “Vai ficar o carinho, o brinde, o conteúdo e recall para a marca”.
Com a liberação, Odilon acredita que haverá incrementos, quando notadamente comparados aos números atuais do setor, pois esta é uma indústria que usa muito este formato de contato, sendo que o brinde sempre tem um olhar amistoso e gera relacionamentos emocionais, além de chamar a atenção.
As empresas que desejam explorar esse novo nicho devem estar preocupadas com a qualificação técnica, buscando sempre a melhor ideia e o melhor parceiro para o desenvolvimento e a implementação do brinde. “Nosso mercado tem inúmeras empresas sensacionais e que entregam brindes de enorme apelo aspiracional e muitos desenvolvidos sobre demanda única. Esta dupla, ideia e qualidade do Brinde, com esta nova abertura legal, terá pela frente uma grande oportunidade”, finaliza Odilon.
