Acredito que não tem maior trunfo para uma marca do quando ela se torna o próprio sentido, o sinônimo do produto/serviço que representa. Porém, o maior salto que ela pode alcançar é quando finalmente ganha o coração do consumidor, se tornando a marca queridinha, a idealização de uma personalidade no qual seu público alvo se identifica, o vínculo emocional atingido é tal que chega ao ponto de não ter só a fidelidade de consumo, mas de conceito e a partir disso, tudo o que ela lança é seguido e defendido pelos seus fãs e seguidores de maneira quase que incontestável.
Quando a marca chega nesse estágio ela se torna um ícone e tem a liberdade de diversificar suas linhas de produtos/serviços, quando entende o que pode ser agregado para oferecer ao seu consumidor outras formas de se relacionar com ela mesma. Claro que essa análise deve ser criteriosa para valorizar sempre sua imagem e atingir as expectativas deste público exigente.
É este fenômeno que faz uma marca de carro e/ou moto virar grife de vestuário, como temos exemplos. A marca se torna tão querida que a gente quer colocar ela na nossa roupa (em nós).
Além de marcas que não tem nenhum vínculo com moda, se associarem a vestuário com sucesso, percebe-se também o envolvimento das marcas já consagradas, os verdadeiros clássicos, com a decoração de interiores, criando acessórios modernos, criativos e cheios de personalidade.
Isso é respirar literalmente um estilo de vida, um conceito.
As brands na decoração geralmente trazem um ar divertido e vintage, depende do contexto. Elas revelam muito sobre quem vive naquele ambiente. A moda sempre foi a expressão da pessoa, mas a cada dia a casa também está se adequando ao gosto pessoal de seu proprietário.
Algumas marcas que também fazem sucesso disparado na casa das pessoas são: Coca-Cola, Heineken, Tabasco, Heinz, Apple e até marcas como Twitter, Facebook e Instagram.
A casa moderna ganha design descolado e parece um anuário de publicidade.
As marcas de produtos tradicionais brasileiros também estão super em alta usando um ar ainda mais retro.
Seguindo essa tendência, em uma ação ousada a Skol decidiu transformar seus produtos em itens de design para atrair a atenção dos consumidores. Após consumir o produto, é possível obter uma luminária, relógio, galheteiro ou vaso. O projeto tem a intenção de fazer da nova garrafa um objeto de desejo, mesmo quando vazia. Uma solução completa, moderna e cheia de estilo.
Além deste case, nos últimos anos tem crescido a presença de marcas tradicionais de moda no segmento de design e decoração. Na última edição do Salão Internacional do Móvel de Milão, marcas como Versace, Roberto Cavalli, Fendi, Kenzo, Armani entre outras estavam entre os expositores. Oferecendo projetos exclusivos e luxuosos, alinhados ao conceito e características já de suas grifes, para delírio de seus clientes vips.
Vivemos em um tempo onde a interação é contínua e a crescente necessidade de relacionamento do consumidor com a marca faz com que as mesmas, atentas a isso, saiam do ambiente estático e sejam cada vez mais ativas e participativas no convívio no dia a dia mesmo.
A marca assume cada vez mais uma postura convicta da mensagem que quer passar. Ela tem obrigação de conhecer seu público, a quem ela agora representa. Ela pode ser a concretização de suas ideias, sua voz ativa e transmitir ou influenciar o seu estilo de vida. Powerful brands!
