Ops…Os papéis estão invertidos!

(Last Updated On: 1 de março de 2016)

Texto escrito por Bruno Arnoud, Analista de Marketing da Arrow Brasil.

Tédio sem remédio

Empresas precisam buscar meios de encantar seus consumidores. Artistas encantam por si só, não precisam investir em marketing.

Certo? ERRADO!

Talvez até fosse o mundo ideal, mas não é o que tem acontecido. Não que artistas não devam investir em marketing, mas as empresas deveriam se apegar muito mais a isso! Com exceção a algumas poucas e ótimas campanhas e ações que, mais do que pensar fora da caixinha, criam caixinhas novas; as marcas têm feito mais do mesmo constantemente.

Propagandas engraçadinhas, promoções com prêmios legais, brindes atrativos, porém não tão criativos (vide os Minions oferecidos pelo McDonalds); É esse tipo de comunicação que nos bombardeiam diariamente. Elas são muito boas, claro. Mas será que não podem ser melhores? Por que não buscar novas “fórmulas mágicas do sucesso”? Time que está ganhando deve sofrer alterações, sim. Sempre.

Fico surpreso quando me deparo com um artista fazendo um clipe como o Dangerous, do David Guetta, totalmente interativo.
Quem não tem um computador, um smartphone e uma internet WiFi disponíveis hoje em dia?

Para aproveitar ao máximo a experiência do clipe Dangerous, acesse o link por um computador e tenha seu smartphone em mãos.

Clipe:  https://m.youtube.com/user/davidguettavevo/dangerous?

E o clipe gravado em 360º pelo Avicii em Waiting for love? (O clipe deve ser visto através de um smartphone.)

Será que essas ferramentas não se aplicariam para uma marca?

Eu acharia o máximo se, na hora de comprar um carro novo, a montadora me permitisse viver a experiência de dentro do veículo através de um vídeo desses, filmado em 360º. Mas não uma simples voltinha por uma cidade fictícia igual sempre fazem, talvez um tour pelas ruas do meu filme predileto, interagindo com um personagem; fugindo de um vilão dentro do meu game favorito ou, sei lá, uma viagem para uma cidade que eu sonho conhecer.

Não seria interessante uma marca de roupas desenvolver um game em primeira pessoa, em que o consumidor tenha que jogar constantemente para liberar descontos e conquistar peças exclusivas? Desde que bem executado, tenho certeza que seu cliente ficaria horas a fio jogando, em contato com sua marca e almejando por seus produtos. Não estamos falando de joguinhos mal feitos, com gráficos de Super Nintendo ou Mega Drive II. Isso já existe por aí. Estamos falando de um filme jogável, atrativo e capaz de prender a atenção do consumidor.

Não vamos muito longe, em 2011, a pomada Nebacetin distribuiu gratuitamente – para todos que se cadastrassem em um hotsite – o conhecido Jogo da Vida, em uma versão da família moderna. Ela foi capaz de prender a atenção de uma família ou grupo de amigos ao redor de um tabuleiro, mantendo o contato com a marca. Quantitativamente falando, quanto será que eles conquistaram de share of mind com essa ação? Note que este case sequer envolve tecnologia.

jogo da vida nebacetin
Esse post não tem a intenção de apontar o dedo para a comunicação praticada pelas marcas, mas sim estimular o novo. Já faz um tempo que veicular uma propaganda na rede Globo e rodar um anúncio de página dupla na Veja não são o suficiente para garantir o sucesso de uma campanha. Vá além!

Amarre toda sua campanha, faça com que o cara atingido por uma inserção em um canal de TV, faça um link dessa peça com o spot que tocou na rádio e já esteja habituado com a linguagem, quando acessar o Youtube e ver aquele add de 5 segundos, que ele não vai pular, por saber do que se trata e estar interessado no que sua marca tem para contar.

Conte histórias! Encante!

Mas e os brindes, onde ficam?

Tenho certeza que você saberá muito bem como e quanto dar um brinde ao seu cliente, afinal, você já terá contado uma ótima história para ele.

Deixe seu Comentário