Post escrito por Marina Pechlivanis, diretora da Umbigo do Mundo e coautora do livro Gifting.
Gifts, dependendo da forma como são planejados, são poderosíssimos.
Primeiro, por despertar desejos — de conhecimento, de contato, de aquisição, de posse, de coleção.
Então começa a articulação de afetos, integrando aos poucos a sua existência às rotinas daquele que o adquiriu. É a fase da convivência.
Passada esta etapa, dá-se a entrada no universo particular — uma conquista rara e valiosíssima de apreço, criando alto valor simbólico para objetos, experiências e sensações.
Neste momento, a credibilidade do gift chega ao seu momento máximo. Passa a tocar, no sentido literal e no sentido figurado, pois um gift sabe como ninguém fazer moda, mobilizar e fazer vendas. Daí sua vasta circulação como porta-voz de questões comerciais, culturais e sociais.
Falando em social… Peguemos o exemplo da sustentabilidade, que já teve seu auge e virou uma fórmula, que já vem com kit de implementação: texto emocionado; papéis específicos para impressão; gifts ecológicos para relacionamento; até comida eco-friendly tem.
Fica a dica: campanhas vinculadas a causas? Não vá com sede ao pote.
Reveja seus processos e analise não só as causas como as consequências, para que o discurso da sua ação não vá por água abaixo por falta de sustentabilidade discursiva!