Marcas que não pagam

(Last Updated On: 1 de março de 2016)

Post escrito por Francisco Alberto Madia de Souza CEO da Madia Mundo Marketing e Madia Marketing School.

 

“Uma boa fama é bem melhor e mais seguro do que o dinheiro”. – Públio Siro

 

Num mundo onde todos os espaços têm valor – e quase todos são cobrados – poucas marcas conseguem a proeza de aparecer, exibirem-se com magnitude e esplendor, serem respeitadas, e não terem qualquer tipo de filtro; de quem usa, e de quem transmite. Todas as demais pagam e pagam muito.

Dentre as Marcas Que Não Pagam duas merecem um destaque especial. E as duas, batizam instrumentos musicais: Zildjian e Steinway.

A Zildjian, a maior fabricante mundial de chimbau e prato para baterias, originária da Turquia no ano de 1623. Hoje tem a sua frente à 14ª geração da família, as irmãs Craigie e Debbie Zildjian e sede nos Estados Unidos. Reconhecida pela qualidade de seus instrumentos, supostamente decorrente de um segredo que passa de geração para geração, e que começou com o fundador Avedis Zildjan I, referente a arte de se misturar com precisão e sensibilidade o cobre, o estranho e a prata. Detém 65% de seu mercado de atuação, e é o objeto de desejo de todos os que se iniciam no território dos ritmos e da percussão.

 

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Seu maior concorrente nasceu da quebra de um pacto familiar. Era tradição nos Zildjian que o segredo de fabricação só poderia ser passado ao filho mais velho. Avedis Zildjian III, no entanto, quebrou a tradição passando o segredo para seus dois filhos, Armand e Robert. Acabaram brigando e Robert deixou a empresa para fundar a Sabian.

Já a Steinway & Sons foi fundada em 5 de março 1853, por Heinrich Engelhart Steinway, na cidade de Nova York. Mais tarde construiu uma segunda fábrica em Hamburgo, na Alemanha (1880). Antes de 1853, o marceneiro Heinrich já fabricara mais de 480 pianos. O primeiro da Steinway & Sons, 483 de HEINRICH, hoje integra o acervo do MET – Metropolitan Museum of Art de Nova York. O marceneiro só aceitava trabalhar com a melhor matéria-prima, artesanalmente, com o melhor ferramental e conhecimento capaz de oferecer aos mais renomados músicos do mundo – e aos iniciantes também – o melhor piano. Conseguiu.

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“Muitas vezes um Steinway toca melhor que o próprio pianista e quando isso acontece, é maravilhoso” Martha Argerich. “Steinway é o único piano onde o pianista consegue todos os resultados que deseja; e os que sonha, também” Vladimir Ashkenazy. “O Steinway, é, definitivamente, um instrumento único. Pelas suas virtudes, consigo exprimir, através dele, todos os meus sentimentos” Daniel Barenboim. “Não existe outro piano igual no mundo” Evgeny Kissin. “Não abro mão de um Steinway nas gravações, nos shows, e em minha casa. É o único piano onde quero ouvir minha música tocada para sempre” Michel Legrand.”

Isso posto, e com todas as portas e janelas mais que escancaradas, os melhores músicos, nos mais importantes concertos, para milhões de pessoas em todo o mundo, com direito a muitos closes nas mãos mágicas de pianistas e bateristas, e onde sempre aparecem, com justiça e merecimento, a marca Steinway com os primeiros, e Zildjian com os segundos.

 

Duas das poucas marcas que não pagam para aparecer.

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