Geração Flux, ou, pare de reclamar das mudanças

(Last Updated On: 1 de março de 2016)

Texto escrito por Francisco Alberto Madia de Souza, Diretor-Presidente do MadiaMundoMarketing e Presidente da Academia Brasileira de Marketing.

“Quando se é velho, é preciso ser mais ativo do que quando jovem.”  Goethe

Geração Flux

Em 1996, nascia à publicação do Admirável Mundo Novo, a revista Fast Company. Até o estouro da bolha cresceu, prosperou, esbanjava saúde. Depois da bolha definhou, quase morreu. Desde então, e coadjuvada pela WIRED de Chris Anderson, é a voz impressa e também no digital de tudo o que é mais relevante.

Em suas primeiras edições tratava das novas lideranças, da presença da mulher no ambiente corporativo, até que em três edições seguidas chacoalhou o mundo. Abr/Mai 1997 – “Change”; Ago/Set 1997 – “The Brand Called You”; Dez97/Jan98 – “Free Agent Nation”. Na edição de fevereiro de 2012, voltou a revolucionar informando que, de verdade mesmo, e não obstante as mais que comentadas gerações, existe uma única e que engloba todas e sobre a qual todos deveriam refletir e, depois, decidir o que querem para suas vidas.

Anunciou a Geração Flux, onde, mais importante que a idade – embora a idade continue sendo importante porque os mais jovens nascem com uma moldura zero quilômetro – é a atitude. A atitude que você, independente da época e geração que nasceu, decida ter, do que pretenda para sua vida. Mesmo que tenha mais que 80 anos de idade. É isso.

Quem criou o termo para definir Geração Flux, foi o editor da revista, Robert Safian. Entrevistado pelo correspondente da Folha em NYC, Raul Juste Lores, disse, “É preciso um novo líder para motivar os diferentes matizes da Geração Flux. Um novo líder que saiba abrir mão do controle total, que desperte a confiança mesmo sob a pressão permanente das incertezas a que estamos expostos. Presidentes tradicionais não ficam confortáveis nessa nova era. Um novo líder é mais que necessário principalmente nas grandes empresas de hoje”.

Segundo Safian é preciso aprender a conviver, naturalmente, em especial os mais velhos, com o “FIO” – figure it out – “vire-se, ou descubra por você mesmo ao invés de ficar esperando alguém te ensinar”; e, também, com o “FOMO” – fear of missing out – medo e sensação permanente de estar perdendo alguma coisa. O melhor antídoto para o “FOMO” é o “FIO”, é a atitude de não esperar e correr atrás.

Safian lembra também que todos que integram a geração Flux – lembre-se, essa geração não é por nascimento, é por adesão, por atitude – não reconhecem mais separação entre casa, família, trabalho, rotinas, passeios… Convivem com tudo, simultânea e naturalmente, sem estresse. “As pessoas da Geração Flux já trabalham como os chineses. Podem não ir ao escritório sete vezes por semana, mas suas mentes estão permanentemente conectadas ao trabalho por celulares, internet e demais gadgets e plataformas… Trabalhar de segunda a sexta no mesmo espaço físico não é a melhor maneira de achar respostas para seus problemas… É praticamente impossível ter-se a grande ideia estando no mesmo ambiente e convivendo com as mesmas pessoas… A Geração Flux é apaixonada pelo que faz mais que medo da concorrência, trabalha por paixão. Veem oportunidade nesse mundo de caos…”.

Isso mesmo, querido leitor de 12 ou 99 anos, a bola está com você. Vai querer participar e ser feliz na Geração Flux? Ou, continuar reclamando das mudanças…

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